Mundo - Terroristas planejavam matar 5.000 pessoas em Mumbai, diz CNN
Veja abaixo alguns dos pontos atacados em Mumbai:
"Nós achamos munição, armas e bombas. Baseado nas nossas investigações, nós acreditamos que eles queriam matar pelo menos umas 5.000 pessoas", afirmou R.R. Patil, ministro-chefe adjunto do Estado de Maharashtra.
Os ataque socorridos na quarta-feira (26) mataram 195 pessoas e feriram cerca de 300. Foram atingidos pontos populares entre ocidentais, como os hotéis de luxo Taj Mahal Palace e Oberoi Trident, o centro judaico Chabad Lubavitch e o famoso Café Leopold, freqüentado por turistas e por profissionais de Bollywood, como é chamada a indústria cinematográfica indiana.
Nos hotéis e no centro judaico foram mantidos reféns. Os grupos foram libertados na sexta-feira (28). Os últimos terroristas, porém, --três que resistiam no hotel Taj--foram mortos hoje.
Segundo a CNN, as investigações apontam a possibilidade de uma conexão entre os terroristas e o Paquistão. "Nós capturamos um suspeito paquistanês e vamos continuar com os interrogatórios que, me breve, serão abertos ao público", afirmou Vilasrao Deshmukh, ministro-chefe de Maharashtra.
De acordo com o jornal "Times of India", Azam Amir, paquistanês considerado suspeito, continuará preso até o próximo dia 11 de dezembro. Hoje, a publicação informou que Amir revelou nomes e endereços de cinco pessoas, moradoras de Mumbai, que podem ter ajudado na realização dos atentados.
"Descobrimos que algumas pessoas ajudaram os terroristas fornecendo abrigo e levando até os locais que seriam escolhidos para os ataques", informa o jornal. De acordo com o comissário da polícia, Raskesh Maria, existem suspeitas que os terroristas tenham planejado a ação com assistentes espalhados em diversos pontos da cidade. "Ainda é cedo para afirmar isso, mas nossas investigações seguirão nessa linha", disse a autoridade ao "Times of India".
Segundo Maria, os terroristas foram enviados com uma missão específica de atingir os israelenses pelas supostas atrocidades cometidas contra os palestinos. "Por isso que eles foram orientados a atingir o centro judaico Chabad Lubavitch, que era um complexo de grande importância para os israelenses. Fontes afirmaram que colegas do terroristas poder ter ido no centro antes dos ataques", informa o jornal.
O centro judaico foi um dos locais mais dramáticos dos atentados ocorridos em Mumbai. No local, o rabino Gavriel Holtzberg, 29, e a mulher, Rivka, 28, pais de um bebê de dois meses, foram mantidos reféns e mortos pelos terroristas. Forças de segurança tiveram que explodir a parede do centro para resgatar os corpos.
Israelenses
Hoje, israelenses choraram pelas vítimas dos atentados. O irmão do rabino morto no ataque no centro judaico, Shmulik Rosenberg, lamentou a tragédia. "Eles [Gavriel e a mulher,Rivka] vieram com a missão de construir um lugar de abrigo para as pessoas e acabaram mortos. Vamos rezar por eles", afirmou.
Israelenses amigos de Rivka também prestaram homenagem e disseram que o casal será enterrado em Israel. A polícia identificou outros corpos de israelenses que estavam no momento do atentado, como o rabino Leibish Teitelbaum e o turista israelense Yocheved Orpaz.
De acordo com a imprensa israelense, as vítimas foram encontradas com os corpos enrolados em xales. No centro do movimento Chabad, em Israel, as orações começaram antes mesmo da confirmação dos mortos. Judeus ortodoxos estão proibidos de usar celular ou outros dispositivos elétricos até o pôr do sol.
Fonte: Folha Online
Nenhum comentário
Deixe aqui sua opinião!